domingo, 20 de novembro de 2016

História dos Cães de Fó

Pesquisando na internet achei este texto muito bem feito:

História dos Cães de Fó
Os Cães de Fó são os antigos cães sagrados da Ásia, que guardavam, e guardam, os templos budistas.A associação entre esses cães e Buda é de grande significado. Os Cães de Fó têm a aparência de um leão. O leão na religião budista é visto como sagrado, e por vezes tem sido oferecido ao Buda como um sacrifício. O nome dado a esses guardiões é originário da China. Em chinês antigo a palavra Buda é Fó, que levou ao título original, "Cão de Fó". Tem havido outras teorias que desenvolveu o nome da cidade de FOOCHOW; no entanto, não há nenhuma prova real do presente. Outro nome dado à besta é o "Leão da Coréia". Isto, obviamente, é devido a semelhança com o leão. Os Cães de Fó podem ser encontrados já a partir da Dinastia Han. Sua primeira aparição foi na arte chinesa, que remonta a cerca de 208 aC a 221 dC.x

Os Cães de Fó desaparecem por quatrocentos anos após sua aparição. Eles retornaram mais tarde na Dinastia T'ang que esteve no poder de 618 a 917 dC. Os Cães de Fó ganharam popularidade por causa de seu significado. O Leão é uma criatura da raça felina que é conhecido como o mais poderoso dos gatos. A sua introdução na arte chinesa coincidiu com o Budismo. O Cão de Fó era o protetor de edifícios sagrados e um defensor do direito. Os cães comumente eram colocados em instituições empresariais, portões dos templos, pátios de acessos, e quintais. Também não foi incomum ver estes cães guardiões sagrados guardando túmulos ou colocados na frente de prédios do governo para assustar maus espíritos. Com o tempo as imagens dos cães guardiões eram freqüentemente dadas como prendas para o Imperador. Eles seriam representados em esculturas ou em forma de arte. 

As representações artísticas são variadas. Buda foi algumas vezes retratado nas costas da grande besta, mas é mais comum encontrarmos os Cães de Fó exibidos em uma poderosa posição de guarda. A criatura é normalmente apresentada segurando uma lança na sua pata. Esta foi a representação encontrada para desencorajar eventuais demônios e maus espíritos a adentrar os recintos e lugares que guardavam. Os Cães de Fó se apresentam de muitas formas, tamanhos, materiais diferentes, e cores. Seus rostos têm um ar brincalhão, e quase diabólico é seu olhar; seus olhos estão abertos normalmente com uma pequena mancha no meio. Este aspecto ameaçador é o que dá a idéia de proteção contra maus espíritos. 
É importante ressaltar que o Cão de Fó também é conhecido como o Cão Celestial, e o Cão da Felicidade, porque só permitem a entrada da energia positiva. Eles protegem o território e só deixam agir dentro dele quem vem com boas intenções e pensamentos positivos.
O animal é um símbolo de energia e de valor, e é muitas vezes, a maioria delas, representado em casal. O masculino brinca com uma bola que simboliza a Terra, enquanto que o feminino se ocupa com um filhote.


Os Cães de Fó pertencem a uma rica história e tradição chinesas. Eles ainda são muito populares hoje em dia, não só na China, mas também em outras partes do mundo. São belas imagens fantásticas não só infundidas como trabalhos artísticos, mas com muito significado.

http://aboutiquier.blogspot.com.br/2009/07/historia-dos-caes-de-fo.html











domingo, 8 de maio de 2016

Gomil e bacia

Depois de alguns meses sem postar, animei e estou voltando cheia de idéias.
O assunto de hoje é sobre uma peça que é muito apreciada e procurada para decoração e que antigamente era utilitária.
O Gomil, peça chamada assim, que seria nada menos que uma jarra e bacia para higiene.
Pesquisei e aqui transcrevo o que achei:

Para quem hoje está acostumado a encontrar banheiros - públicos e privados - com água encanada para lavar as mãos, por exemplo, é difícil imaginar que, há pouco mais de 100 anos (em algumas cidades, até menos que um século...), não existia água na torneira deste ambiente... Aliás, sequer existiam torneiras!


Belíssimo gomil em faiança portuguesa.
Na verdade, diversas fontes nos informam que os hábitos de higiene que possuímos hoje são bastante recentes, de até depois dos anos 1930! A necessidade de possuir esses bons hábitos só foi retomada no século XVIII na Europa, por questões de saúde pública. É quando a ciência moderna prova à sociedade que cada um dos indivíduos é, sim, responsável pela saúde coletiva.
No final deste século - o XVIII - os arquitetos passaram a incorporar o banheiro como um cômodo em uma casa. Logo em seguida, no século XIX, os artefatos e objetos utilizados nos banheiros começa a possuir uma estética própria e são desenvolvidos em inúmeros materiais, de acordo com o poderio econômico de seus usuários: mármore, louça, metais, etc., são escolhidos para compor o banheiro de acordo com o pedido dos donos das casas.
Um lindo gomil em prata e cristal em bico de jaca.
Os banhos aconteciam em tinas - de madeira, de louça, de metal com louça, entre outros materiais - e os médicos ainda banhavam à força os doentes nos hospitais. Segundo citação dessa época, encontrada em livro do historiador norte americano Lawrence Wright, "não era difícil encontrar um sujeito que, tendo de enfrentar a experiência do primeiro banho, demonstrasse verdadeiro terror, gritasse, tentasse escapar da sensação de sufocamento e palpitação que a água fria proporcionava". 

E a higiene pessoal diária?

Como os banheiros não eram "completos", era necessário um pote com água e algum objeto que recebesse a água a ser descartada. É daí que surge a dupla muito utilizada no século XIX: o gomil e a bacia. "Famoso" em penteadeiras ou toucadores, não era nem mesmo necessário ir até o banheiro para se utilizar do gomil para lavar-se: encontrava-se ali, ao lado da cama, no quarto de dormir.

O gomil era o jarro onde se guardava a água a ser utilizada. A bacia o acompanhava para receber a água já utilizada. Note-se que esse hábito já era de uma classe mais alta, mais esclarecida e portanto afeita às necessidades de se manter a higiene pessoal. E, deste modo, encontramos essas peças feitas com tanto requinte e beleza como vemos nas imagens desse post. Uma aristocrata poderia ter seu gomil e bacia feitos em mármore talhado. Se achasse muito pesado, poderia encomendá-lo em louça colorida e cheia de detalhes. Ou, para um aristocrata muito poderoso, nada menos que a prata seria utilizada para criar seus objetos de higiene pessoal.

Membro de uma burguesia ainda claudicante, nosso patrono e sua família possuíam sim, gomil e bacia para uso pessoal. Existem três conjuntos em nosso acervo: um em louça e dois em ágate (ferro esmaltado). Certamente mais peças puramente utilitárias, sem nenhum glamour especial. Acredita-se que, já nesta época - final do século XIX - a necessidade de se manter limpo era reconhecida e praticada das classes mais altas às menos favorecidas. Daí, a confecção dos apetrechos necessários a ela em materiais mais simples e baratos se tornou imperativa. Antes de serem peças de arte trabalhadíssimas, essas peças se tornaram corriqueiras e todos as deveriam possuir. Por isso o fabrico em massa, menos que a artesanía que confeccionava peças preciosas, começou a dominar em todas os lugares.
Modernamente, ainda encontramos o uso do gomil e da bacia em residências de alto luxo, ou até mesmo
castelos habitados por famílias pertencentes à antiga nobreza, como um luxo e uma sofisticação que
distingue quem os utiliza. As peças da imagem - Lavanda e gomil de asa perdida D. João V em prata 
portuguesa - encontradas num site de leilão, são um exemplo do que se encontra nestas ocasiões.

É muito interessante conhecer os detalhes do dia a dia dos habitantes das cidades há pouco mais de 50 ou 60 anos. De 70 anos para trás, até mais ou menos o século XVIII, tornam-se ainda mais diferentes os hábitos e costumes diários de "gente como a gente". E, já sabemos, somente com o conhecimento deste passado é que teremos como buscar um futuro ainda melhor para as futuras gerações.


Bacia e gomil em porcelana, século XIX. Monograma de André Pinto Rebouças
Fonte: Museu Histórico Nacional.























http://museubenjaminconstant.blogspot.com.br/2014/08/curiosidades-do-seculo-xix-gomil-e-bacia.html

http://dorasantoro.blogspot.com.br/2014/05/jarras-e-bacias.html























 





quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

História da porcelana inglesa Paragon

A porcelana Paragon  foi criada pela Star China Co. em 1903. Esta empresa começou a produção em  St Gregory Works, Gregory Street em Longton nos últimos anos do século 19 e se mudou para o Works Atlas, Sutherland Road, Longton em março 1903 .

Os sócios foram inicialmente Herbert James Aynsley, John Gerrard Aynsley e William Illingworth. Herbert era o filho mais velho de John, que fundou a empresa conhecida por John Aynsley & Sons. Ele ganhou muita experiência na fabricação de porcelana de boa qualidade, tendo trabalhado  no negócio com seu pai por muitos anos. John Aynsley se aposentou em julho de 1900.
Em 1907, a filha mais nova de Herbert Aynsley casou-se com Hugh Irving, que era um representante de vendas da Olaria Art Rubian Ltd em Longton. Irving posteriormente se juntou ao seu sogro como sócio na Star China Co. quando  Illingworth se aposentou em 1910.

Tal era a popularidade da porcelana fabricada, que em 1919 a empresa decidiu mudar o seu nome e em 1920 tornou-se The Paragon China Company. Hugh Irving, que ficou no controle ativo do negócio por muitos anos, tornou-se o único proprietário em setembro de 1927, quando a sociedade foi dissolvida e Herbert Aynsley aposentou-se. Em 1930, a Companhia tornou-se conhecida como Paragon China Limited.

Irving era um empresário muito astuto, aproveitando o melhor de todas as oportunidades que lhe eram oferecidas. Ele introduziu métodos modernos de publicidade, como competições de melhor vitrine para os varejistas e organizou eventos com a participação de celebridades do dia. Isso atraiu muita publicidade na imprensa nacional, incentivando ainda mais lojas para estocar produtos Paragon.

Hugh Irving e seus filhos, Leslie e Guy, que se juntaram à empresa em 1928 e 1933, respectivamente, continuaram na direção da empresa até que ela foi assumida por Thomas C. Wild & Sons Ltd, fabricante de Royal Albert Bone China, em 1960. Em julho de 1964, Wild & Sons  e suas subsidiárias, incluindo Paragon, fundiram-se com o Lawley Group Ltd, que mais tarde esse ano mudou seu nome para Allied English Potteries Ltd.

A Paragon se tornou parte da Royal Doulton em 1972 e continuou a produzir porcelana sob esse nome até 1991. Em 1989, o nome e os padrões tinha sido absorvidos pela Royal Albert e em 1992 o nome Paragon não foi mais usado. Em alguns padrões posteriores, a Paragon continuou em produção, sob a Royal Albert e ainda estavam disponíveis até que o nome Royal Albert foi interrompido pela Royal Doulton. 

Estes são somente alguns exemplos da porcelana Paragon, inclusive a Paragon produziu muitas peças comemorativas para a família Real. 


https://en.wikipedia.org/wiki/Paragon_China